Os Calendários
A humanidade sempre buscou registrar o tempo de alguma forma. Para isso, é preciso conhecer um fenômeno que se repita sempre em intervalos de tempo iguais (fenômenos cíclicos) para usá-lo como um "registrador" de tempo.
Já vimos que a Lua possui fases que se repetem a cada 28 dias, ou que certa estação do ano se repete a cada ano solar. Nada mais evidente que usar um desses fenômenos para criar um sistema de contagem do tempo. Esses sistemas são chamados de calendários.
Existem calendários que se baseiam no ciclo solar, usando como intervalo de tempo as estações do ano. Outros se baseiam no ciclo lunar, ou seja, as fases da Luas; e ainda existem outros que procuram sincronizar a contagem do tempo usando tanto as estações do ano quanto à fases da Lua, os chamados calendários lunissolares.
Já vimos que a Lua possui fases que se repetem a cada 28 dias, ou que certa estação do ano se repete a cada ano solar. Nada mais evidente que usar um desses fenômenos para criar um sistema de contagem do tempo. Esses sistemas são chamados de calendários.
Existem calendários que se baseiam no ciclo solar, usando como intervalo de tempo as estações do ano. Outros se baseiam no ciclo lunar, ou seja, as fases da Luas; e ainda existem outros que procuram sincronizar a contagem do tempo usando tanto as estações do ano quanto à fases da Lua, os chamados calendários lunissolares.
Calendário Solares
São aqueles cujos ciclos do calendário (meses) estão sincronizados com as estações do ano.
O calendário gregoriano, que usamos, é um calendário solar, criado na Europa em 1582, por iniciativa do papa Gregório XIII, com o objetivo de corrigir os erros do anterior calendário vigente, o calendário juliano. O calendário gregoriano é o calendário mais usado no mundo atualmente.
No hemisfério Sul, sabemos que o ano sempre termina e começa no Verão, 31 de dezembro e 1o de janeiro.
O ano solar (intervalo de tempo entre dois inícios consecutivos de uma mesma estação) dura 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos, e não 365 dias exatos como o ano civil. A cada aproximadamente 4 anos é preciso acrescentar mais um dia ao ano civil para manter os meses em sincronia com as estações do ano.
Mas 5 horas, 48 minutos e 46 segundos equivalem a aproximadamente 6h. Então, a cada 4 anos civis (do calendário), os meses ficam defasados 1 dia (4 x 6 horas = 1 dia) em relação às estações.
Para que essa sincronia seja mantida, foram criados os anos bissextos. Nesses anos, é acrescentado mais um dia ao ano civil (366 ao invés de 365 dias). Esse dia a mais é acrescentado ao mês de fevereiro, que ao invés de ter 28 dias, tem 29.
São bissextos todos os anos múltiplos de 400, Exemplo: 1600, 2000, 2400, 2800...
São bissextos todos os anos múltiplos de 4, exceto se for múltiplo de 100 mas não de 400,
Exemplo: 1996, 2000, 2004, 2008, 2012, 2016, 2020...
Não são bissextos todos os demais anos que não atendam as regras anteriores.
Por curiosidade, o ano de 1900 é múltiplo de 4, é múltiplo de 100, mas não é múltiplo de 400, então não foi bissexto.
O calendário gregoriano por ter sido criado no Império Romano mergulhado no cristianismo, começa a sua contagem do tempo (Ano 1) a partir do suposto nascimento de Cristo. Estamos agora no ano de 2020.
Mas como fazer referência ao tempo antes do ano 1?
Contamos os anos para trás, acrescentando a.C (antes de Cristo). Por exemplo, o filósofo Aristóteles nasceu há 385 anos antes do (suposto) nascimento de Cristo, então dizemos que ele nasceu no ano 385 a.C.
Atualmente sabemos que aconteceram um série de erros para se determinar o ano do nascimento de Cristo durante o processo de criação do calendário gregoriano. Provavelmente aconteceu no ano 4 a.C. Então não tem sentido usar a.C (antes de Cristo).
Para contornar este erro, tem se tornado cada vez mais frequente o uso do termo "antes da era comum" (AEC) para se referir aos anos anteriores ao ano 1. Acho interessante o emprego desse termo por dar um aspecto mais laico ao nosso calendário.
O povo Maia, que viveu em torno do ano 1000 AEC ao ano 900, na região que compreende atualmente o Sul do México, Honduras, Guatemala e El Salvador, possuía diversos calendários baseados nos ciclos solares, e que apresentavam uma sincronia com as estações do ano muito melhor que o nosso calendário.
O calendário gregoriano por ter sido criado no Império Romano mergulhado no cristianismo, começa a sua contagem do tempo (Ano 1) a partir do suposto nascimento de Cristo. Estamos agora no ano de 2020.
Mas como fazer referência ao tempo antes do ano 1?
Contamos os anos para trás, acrescentando a.C (antes de Cristo). Por exemplo, o filósofo Aristóteles nasceu há 385 anos antes do (suposto) nascimento de Cristo, então dizemos que ele nasceu no ano 385 a.C.
Atualmente sabemos que aconteceram um série de erros para se determinar o ano do nascimento de Cristo durante o processo de criação do calendário gregoriano. Provavelmente aconteceu no ano 4 a.C. Então não tem sentido usar a.C (antes de Cristo).
Para contornar este erro, tem se tornado cada vez mais frequente o uso do termo "antes da era comum" (AEC) para se referir aos anos anteriores ao ano 1. Acho interessante o emprego desse termo por dar um aspecto mais laico ao nosso calendário.
O povo Maia, que viveu em torno do ano 1000 AEC ao ano 900, na região que compreende atualmente o Sul do México, Honduras, Guatemala e El Salvador, possuía diversos calendários baseados nos ciclos solares, e que apresentavam uma sincronia com as estações do ano muito melhor que o nosso calendário.
Calendários Lunares
Outros calendários sincronizam seus ciclos (meses) às fases da Lua. O Calendário Islâmico é lunar.
O calendário islâmico está ligado à religião islâmica, que surgiu no século VII através da influência do profeta Maomé.
A contagem do tempo deste calendário começa com a Hégira - a fuga de Maomé de Meca para Medina, em 16 de julho de 622. Assim, o ano 1 do calendário islâmico corresponde ao ano 622 no calendário gregoriano.
No Calendário Islâmico, cada mês se inicia no final da Lua Nova, exatamente quando surge o primeiro filete crescente da Lua, o chamado fino crescente. Que aliás, é representado em muitas bandeiras de países islâmicos.
O Calendário Islâmico é dividido em meses 12 meses, com duração de 29 dias para meses pares, e 30 dias os ímpares. Como a lunação (intervalo de tempo entre duas Luas Novas consecutivas) dura aproximadamente 29,5 dias, os meses intercalados com 30 dias garantem a sincronização com as fases da Lua.
Mas a duração da lunação é um pouquinho maior que 29,5 dias, exatamente 29,530589 dias. Essa pequena diferença faz com que a cada 30 anos seja necessário realizar outros ajustes para que os meses continuem sincronizados com as fases da Lua.
Mas a duração da lunação é um pouquinho maior que 29,5 dias, exatamente 29,530589 dias. Essa pequena diferença faz com que a cada 30 anos seja necessário realizar outros ajustes para que os meses continuem sincronizados com as fases da Lua.
A divisão do tempo em semanas (com 7 dias) são herança dos ciclos lunares em nossa contagem de tempo. No calendário islâmico (lunar), o final de cada semana coincide com uma das quatro fases da Lua. No calendário Gregoriano não há essa sincronia.
Os calendários que buscam sincronia com o ciclo solar e lunar são chamados calendários lunissolares. Os calendários hebraico (judeu) e o chinês são desse tipo.
Agora vamos aprender um pouco mais sobre os outros (pequenos) corpos em movimento no Sistema Solar?
→ Clique aqui para continuar.
Os calendários que buscam sincronia com o ciclo solar e lunar são chamados calendários lunissolares. Os calendários hebraico (judeu) e o chinês são desse tipo.
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