10. Pequenos Corpos do Sistema Solar

Asteroides
Os asteroides são pequenos corpos rochosos e/ou metálicos que orbitam o Sol. Têm dimensões entre 10m a alguns quilômetros. 

Existe um número imenso desses objetos no Sistema Solar, e as órbitas de muitos deles cruzam com a órbita da Terra, e alguns oferecem potencial risco ao nosso planeta. 

A figura abaixo mostra uma fotografia do asteroide Itokawa (dimensão máxima de cerca de 500m) tirada pela sonda Hayabusa, da Agência Espacial do Japão.


Esse asteroide é formado por "cascalhos" espaciais que se agregaram gravitacionalmente.

Outro asteroide muito maior, é o Ida (dimensão máxima de 54km). Maciço e acompanhado de um asteroide satélite (Dactyl, com 1,4km). A fotografia foi tirada pela sonda Galileu da NASA.




A figura abaixo mostra as regiões onde os asteroides mais se concentram. Observe que entre as órbitas do Planeta Marte e Júpiter existe um imenso cinturão com muitos asteroides, o chamado Cinturão de Asteroides.




Existe um grupo da União Astronômica Internacional (IUA - The International Astronomical Union), chamado Minor Planet Center voltado apenas para a busca e monitoração desses objetos.

Os cientistas atribuem como causa da repentina extinção dos dinossauros,  a queda de um asteroide com 10km de extensão que caiu na Península de Yucatán,  no México, há 65 milhões de anos.


A grande maioria dos asteroides gira em torno do Sol, mas existem também muitos outros que orbitam planetas, luas, e até mesmo outros asteroides maiores.



Os asteroides que giram em torno do Sol têm órbitas com diferentes excentricidades, e planos orbitais com diferentes inclinações em relação ao plano do disco solar. 


Muitas asteroides têm órbitas que cruzam, ou estão muito próximas, das órbitas dos planetas, inclusive a Terra. Alguns desses objetos oferecem potencial risco de colisão, até porque não conhecemos todos eles.



Existe uma página da ESA (Agência Espacial Européia) que mostra a órbita animada da grande maioria dos asteroides conhecidos:


Basta escolher um asteroide e conhecê-lo melhor.


A figura abaixo mostra a órbita do asteroide 1998EC3 vista na mesma direção do eixo do disco solar (de cima), e na direção (ou quase) do plano do disco.






Cometas

Os cometas são pequenos corpos com órbitas em torno do Sol, escuros e formados por uma mistura de gelo (predominantemente água) e um tipo de poeira brilhante (grãos de CHON, contendo carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio). 



Podemos ainda defini-los como um tipo de asteroide volátil, e imaginá-los como "icebergs espaciais" de gelo sujo. Suas órbitas tem grande excentricidade, ou seja, são muito achatadas.  








O Sistema Solar é muito, muito maior do que imaginamos. Existe um imenso cinturão depois de Netuno onde são encontrados incontáveis asteroides e cometas, o chamado Cinturão de Kuiper.

O Cinturão de Kuiper é uma imensa região vai muito além de Netuno (planeta mais distante do Sol) e que reúne incontáveis corpos gelados de diversos tamanhos. Esses corpos ficam quase no mesmo plano do disco solar, mas conforme a distância em relação ao Sol aumenta, eles vão se dispersando. Atualmente, mesmo o planeta-anão Plutão é considerado um desses objetos, assim como outros que já foram descobertos.


Conforme a distância do Sol aumenta, passamos a observar uma "nuvem" de corpos gelados que passa a envolver todo o Sistema Solar interior, a chamada Nuvem de Oort.

Nessa nuvem, existe um número incontável de pequenos corpos gelados.

Os cometas são objetos que vêm desses lugares distantes do Sistema Solar, o Cinturão de Kuiper, e da Nuvem de Oort. Essas imensas distâncias fazem com que o período de revolução desses objetos em torno do Sol sejam muito grandes. Por exemplo, o Cometa Halley leva 76 anos para se aproximar do Sol. A sua última aproximação foi em 1986, ou seja, ele só retornará apenas em 2062. Mas existem cometas que podem levar séculos, milênios, e até milhões de anos para dar uma volta ao Sol.

As Caudas dos Cometas
Quando um cometa vem do Cinturaão de Kuiper, ou da Nuvem de Oort, a aproximação com o Sol faz com que o material volátil comesse a sublimar, e o cometa passa a liberar gases e pequenas partículas que vão ficando para trás. Esse material ao ser iluminado pelo Sol forma caudas.

Normalmente os cometas apresentam duas caudas muito visíveis, uma formada por pequenos grãos liberados na trajetória (cauda amarela), e outra formada por gases ionizados varridos pelo vento solar (cauda azul).




Nessas aproximações em relação ao Sol, alguns cometas podem ser vistos da Terra, sendo possível observá-los por alguns dias, e até mesmo semanas.

Os cometas orbitam o Sol e têm órbitas com excentricidades ainda maiores que dos asteroides. Seus planos orbitais têm as mais diferentes inclinações em relação ao plano do disco do Sistema Solar. 


As órbitas de alguns cometas cruzam com as órbitas de alguns planetas e, podem vir a colidir com eles. Acredita-se que grande parte da água dos oceanos foi trazida por cometas que caíram na Terra há bilhões de anos, em um período em que o Sistema Solar estava ainda em formação.


As Chuvas de Meteoros
Os grãos e partículas (meteoroides) que são liberados pelos cometas nas suas órbitas permanecem nessas regiões por muito tempo. Quando a Terra cruza aquelas órbitas, esses grãos entram em altíssima velocidade na atmosfera, queimam e produzem riscos luminosos; as chamadas "estrelas cadentes" ou "meteoros". 



Como acontecem muitas quedas durante algumas noites, com um pico em uma delas, esses eventos são chamados de chuvas de meteoros.




Os astrônomos conhecem bem as órbitas dos principais cometas e, é possível saber com antecedência quando a Terra atravessará essas regiões; assim, é possível prever as noites em que ocorrerão estas "chuvas".

Para um observador, os meteoros surgem de um mesmo ponto do céu chamado radiante. A chuva de meteoros recebe o nome da constelação que fica ao fundo do radiante.


Em 2020, no mês de maio, a chuva de meteoros Eta Aquáridas vem como resultado de partículas deixadas para trás pelo cometa Halley, e tem pico entre os dias 6 e 7. Essa chuva pode ser vista do Hemisfério Sul. O radiante fica próximo à estrela Eta, na Constelação de Aquarius, daí seu nome.

Meteoroides
São objetos sólidos, pedaços de rochas ou de metal, que se deslocam pelo espaço interplanetário, com dimensões menores que de um asteroide e maiores do que a poeira interplanetária, variando entre 1 micron e 10 metros.
As teorias apontam que os meteoroides, assim como os asteroides e cometas, são restos da formação do Sistema Solar.

Meteoro
Qualquer fenômeno atmosférico:
- Um brilho no céu;
- Um relâmpago;
- Chuva;
- Neve;
- Ventania;

Daí o serviço de meteorologia que tenta prever esses "meteoros".

Mas este nome passou a significar quase sempre aquele fenômeno em que um rápido rastro luminoso provocado pela queima de um meteoroide atravessando a atmosfera terrestre acontece, o chamado "meteoro".

Este fenômeno é conhecido popularmente como "estrela cadente" (embora não sejam, astronomicamente, estrelas). 





Bólido

É um meteoro particularmente brilhante que, em geral, explode no final de sua trajetória. A União Astronômica Internacional considera que um bólido deva ter uma luminosidade ao menos de magnitude -3.




Meteorito
Corresponde ao resto de um meteoroide que consegue chegar à superfície da Terra. Em geral, eles recebem o nome do local onde caíram.


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