Formação
São inúmeras as teorias de formação do Sistema Solar. Como os planetas, e certamente a Lua, são os objetos mais brilhantes no céu em qualquer época do ano, os povos antigos sempre criaram mitologias que procuravam explicar como esses objetos se formaram.
São inúmeras as teorias de formação do Sistema Solar. Como os planetas, e certamente a Lua, são os objetos mais brilhantes no céu em qualquer época do ano, os povos antigos sempre criaram mitologias que procuravam explicar como esses objetos se formaram.
É claro que eles não possuíam a visão geral de que existia um sistema planetário que girava em torno do Sol, mas a simples presença desses objetos brilhantes chamou a atenção de pensadores daquelas épocas que se esforçaram para criar histórias sobre o que era observado. Mesopotâmios, egípcios, gregos, maias, astecas e os povos indígenas brasileiros, todos têm teorias sobre a formação dos corpos celestes que pertencem ao Sistema Solar, e que vemos no céu noturno.
Embora muitas dessas mitologias sejam muito bonitas, a ciência precisa mais do que mitos para explicar os fenômenos e a existência dos objetos que observa. E foi certamente o acúmulo de observações realizadas pelos astrônomos que nos levou às modernas teorias cosmológicas, ou seja, teorias que pudessem nos fazer compreender a formação do Sistema Solar, como conhecemos atualmente.
Nos últimos 300 anos, foram elaboradas mais de que 50 teorias científicas para explicar a formação do Sistema Solar. Mas a considerada mais coerente, segundo a Cosmologia, é a chamada teoria nebular.
Essa teoria foi proposta independentemente pelo filósofo alemão Emmanuel Kant, em 1755, e pelo
filósofo francês Pierre Simon, marquês de Laplace, em 1796.
filósofo francês Pierre Simon, marquês de Laplace, em 1796.
É conhecida como a hipótese de Kant-Laplace.
Segundo essa teoria, inicialmente teria existido uma enorme nuvem difusa formada por gás (principalmente o hidrogênio H, o mais abundante no Universo) e poeira cósmica (composta de grãos formados por substâncias que possuem outros elementos químicos), que devido à gravidade, essa grande imensa nuvem entrou em movimento, se condensando e tomando a forma de um grande disco giratório.
Segundo essa teoria, inicialmente teria existido uma enorme nuvem difusa formada por gás (principalmente o hidrogênio H, o mais abundante no Universo) e poeira cósmica (composta de grãos formados por substâncias que possuem outros elementos químicos), que devido à gravidade, essa grande imensa nuvem entrou em movimento, se condensando e tomando a forma de um grande disco giratório.
Na parte central do disco, uma gigantesca esfera gasosa com rotação foi formada, o proto-Sol. No seu interior, a pressão e a temperatura chegaram a valores tão altos que começam a acontecer reações nucleares, ou seja, núcleos de átomos de hidrogênio (H) se transformam em núcleos de átomos de hélio (He) , liberando uma quantidade enorme de energia (calor e luz). Nasce então o Sol, a nossa estrela.
É importante salientar que a palavra estrela tem significado bem definido para as ciências que estudam os corpos celestes: um corpo celeste que produz luz e calor.
Podemos ver Vênus, Marte e Júpiter brilhar como "estrelas" no céu noturno, mas eles não são estrelas, não produzem a própria luz, são planetas que apenas refletem a luz do Sol que chega até eles, como faz a Lua.
Podemos ver Vênus, Marte e Júpiter brilhar como "estrelas" no céu noturno, mas eles não são estrelas, não produzem a própria luz, são planetas que apenas refletem a luz do Sol que chega até eles, como faz a Lua.
A formação dos Satélites e Planetas
Em outras partes da grande nuvem primordial que deu origem ao Sistema Solar, a gravidade formou pequenos corpos chamados planetesimais, a partir dos grãos de poeira da nuvem. Ainda por ação da gravidade, esses planetesimais foram colidindo, juntando-se, num processo chamado de acresção, formando protoplanetas, rodeados, ou não, por protoluas.
O planeta Júpiter é resultado de um desses discos descritos. Ele é um planeta gasoso, quase todo de hidrogênio. Se sua massa tivesse sido um poco maior, também conseguiria produzir uma fornalha nuclear no seu centro, e se transformado em outra estrela. Aliás, quase todos os sistemas estelares atualmente observados possuem mais de uma estrela, o nosso é uma exceção. Júpiter tem mais de 60 luas (satélites naturais) que giram ao seu redor, muitas se formaram junto com ele.
Saturno, Urano e Netuno se formaram de forma a semelhante a Júpiter. Também possuem várias luas.
Os Planetas Gasosos
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são classificados como planetas gasosos.
Os Planetas Rochosos
Mercúrio, Vênus, Terra e Marte são os planetas que ser formaram mais próximos ao Sol. São classificados como planetas rochosos.
A imagem abaixo representa a ordem dos planetas em relação ao Sol. As distâncias não estão em escala.
Para que vocês tenham uma noção, caso os planetas tivessem o tamanho acima, teríamos que usar uma página do tamanho do nosso bairro (ou maior) para representar o sistema solar. Além disso, as distâncias entre os planetas variam muito.
O Cinturão de Asteroides
Entre Marte e Júpiter existe um cinturão que circunda o Sol, e é composto por incontáveis meteoroide, asteroides, e até mesmo um planeta-anão, Ceres, que orbitam a nossa estrela. Essa região é chamada Cinturão de Asteroides.
Os Planetas Gasosos
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são classificados como planetas gasosos.
Os Planetas Rochosos
Mercúrio, Vênus, Terra e Marte são os planetas que ser formaram mais próximos ao Sol. São classificados como planetas rochosos.
A imagem abaixo representa a ordem dos planetas em relação ao Sol. As distâncias não estão em escala.
Para que vocês tenham uma noção, caso os planetas tivessem o tamanho acima, teríamos que usar uma página do tamanho do nosso bairro (ou maior) para representar o sistema solar. Além disso, as distâncias entre os planetas variam muito.
O Cinturão de Asteroides
Entre Marte e Júpiter existe um cinturão que circunda o Sol, e é composto por incontáveis meteoroide, asteroides, e até mesmo um planeta-anão, Ceres, que orbitam a nossa estrela. Essa região é chamada Cinturão de Asteroides.
O Cinturão de Kuiper
Nos confins do Sistema Solar, muito além de Netuno, existe um cinturão com muitos e muitos corpos gelados, dos mais variados tamanhos, alguns classificados como planetas anões (como Plutão, Haumea, Makemake). Essa região do Sistema Solar é chamada de de Cinturão de Kuiper.
O nome desse cinturão foi uma homenagem ao astrônomo holandês Gerard Peter Kuiper (1905-1973), que descobriu duas luas de planetas no nosso Sistema Solar (uma lua de Urano, Miranda, e uma de Netuno, Nereida). Ele sugeriu ainda a existência de um cinturão de asteroides além da órbita de Netuno, daí a merecida homenagem com seu nome.
A Nuvem de Oort
Envolvendo o Sol, os planetas e o Cinturão de Kuiper, existe uma gigantesca nuvem, formada também por corpos gelados, chamada de Nuvem de Oort.
O nome dessa nuvem foi uma homenagem ao astrofísico holandês Jan Hendrik Oort (1900-1992), que contribuiu para o que conhecemos atualmente sobre a estrutura e rotação da Via Láctea (nossa galáxia). Oort realizou trabalhos fundamentais sobre os cometas, que apontaram para a existência de uma nuvem distante formada por corpos gelados e material cometário, e por isso recebeu seu nome.
Como já vimos ao estudarmos os cometas, eles vêm do Cinturão de Kuiper e da Nuvem de Oort.
A Mecânica Celeste
Todos os corpos do Sistema Solar (e do Universo) estão em perpétuo movimento:
- Os satélites (luas) giram em torno dos planetas,
- Os cometas e os planetas giram em torno do Sol,
- Os meteoroides, asteroides giram em torno de satélites, de planetas, do Sol, e até em torno de outro asteroide maior.
O estudo do movimento desses corpos é realizado por uma área da Física muito antiga, a Astronomia. Muitos povos antigos chegaram a conseguir prever eclipses.
A Astronomia é capaz de prever alinhamentos planetários, a ocorrência de eclipses, as marés, as aproximações de asteroides e cometas.
No passado, a Astronomia permitiu que os navegantes, na vastidão dos oceanos, e as caravanas, na vastidão dos desertos, determinassem a latitude que se encontravam, permitindo que chegassem aos seus destinos.
Balestilha: instrumento usado pelos navegadores para medir a altura dos astros
Mas para iniciarmos o estudo da Astronomia, precisamos inicialmente conhecer:
- As Leis de Newton;
- As Leis de Kepler.
Mas estas leis serão abordadas em outro momento em nossos estudos.
A observação dos movimentos dos corpos celestes a partir da Terra fez com que os antigos filósofos naturais imaginassem que tudo girava em torno do nosso planeta. Isso porque eles não consideravam a relatividade do movimento, ou seja, o movimento depende do referencial considerado.
Existe uma videoaula em que abordo os modelos para o Sistema Solar a partir da Terra como referencial (modelo geocêntrico), ou o Sol como referencial (modelo heliocêntrico).
→ Modelos geocêntrico e heliocêntrico.
A observação dos movimentos dos corpos celestes a partir da Terra fez com que os antigos filósofos naturais imaginassem que tudo girava em torno do nosso planeta. Isso porque eles não consideravam a relatividade do movimento, ou seja, o movimento depende do referencial considerado.
Existe uma videoaula em que abordo os modelos para o Sistema Solar a partir da Terra como referencial (modelo geocêntrico), ou o Sol como referencial (modelo heliocêntrico).
→ Modelos geocêntrico e heliocêntrico.
Para continuarmos a estudar os movimentos, precisamos conhecer melhor a relatividade do movimento. Vamos continuar?
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